Tecnologias da Inteligência e Design Digital significam o estudo, invenção e uso criativo das tecnologias digitais emergentes. O campo interdisciplinar acionado envolve Computação, Tecnologias da informação, Cognição, Aprendizagem, Design e Estéticas tecnológicas.
Clique aqui para visualizar o site do programa
Quando se fala em tecnologia, via de regra, com uma certa desconfiança e até resistência, as pessoas associam a idéia de tecnologia a imagens do filme Tempos Modernos de Charles Chaplin ou, quando muito, pensam em uma população de robôs realizando gestos repetitivos em fábricas japonesas. De fato, ainda presas à idéia das tecnologias mecânicas, confundem tecnologia com apertar de parafusos e consideram as máquinas como realidades separadas e estranhas à condição do humano.
Entretanto, o desenvolvimento assombroso das tecno-logias no último século nos coloca hoje em uma situação muito distinta do mecanicismo maquínico. As tecnologias que nos rodeiam e com as quais convivemos em todos os momentos de nossa vida cotidiana, no trabalho, no lazer, no entretenimento, nas transações financeiras, nos ambientes educacionais, tanto na vida privada quanto nos espaços públicos, são tecnologias da inteligência, tecnologias cognitivas com as quais interagimos sob o signo da troca e do diálogo. As interfaces que essas tecnologias apresentam são interfaces de linguagem. Elas falam conosco e não estão isoladas, mas nos conectam nas redes de troca de informações, sem começo nem fim, que ininterruptamente cruzam o planeta de uma ponta a outra.
Trata-se do que vem sendo chamado de informática pervasiva e de simbiose ser humano-máquina que estão levando ao desenvolvimento de um novo tipo de mente, uma arquitetura da inteligência coletiva e conectiva. Não pode haver dúvida de que essa complexidade está fazendo emergir uma nova área de conhecimento, que demanda reflexões ontológicas, epistemológicas e pesquisas conceituais e empíricas que lhe são próprias. O programa de pós-graduação em Tecnologias da Inteligência e Design Digital nasceu para fazer frente a esse desafio.
Objetivos |
· Integrar a pesquisa de especialistas em sistemas inteligentes com a dos criadores de interfaces para a interação homem-máquina, ambos mediados por especialistas em semiótica cognitiva visando à aprendizagem em ambientes virtuais. As pesquisas estão voltadas para: a) modelagem computacional, (b) inteligência coletiva em ambientes interativos, (c) novos modelos de cognição na interface da computação e das estéticas tecnológicas, (d) processos cognitivos e redes de transmissão de informação/conhecimento ligados à aprendizagem. · Sistematizar a abrangência das teorias, métodos, modelos e campos de atuação que as tecnologias da inteligência e o design digital estão descortinando; · Encontrar os fundamentos conceituais sólidos, pertinentes à natureza interdisciplinar do programa; despertar a consciência ética do pesquisador e profissional para o rigor exigido pela produção intelectual e para o papel social que deve desempenhar. |
Público Alvo |
|
Área de Concentração |
Processos Cognitivos e Ambientes Digitais Produção de teorias, métodos e modelos de arquiteturas cognitivas, de design de sistemas inteligentes, de modelagem de performances cognitivas, tendo em vista os processos de aprendizagem, as estratégias cognitivas voltadas para a aplicação em ambientes digitais de pesquisa, de produção e difusão de inteligência coletiva. Isso envolve: (a) tecnologias digitais da informação aplicadas, (b) conceitos e aplicações das redes de alta velocidade, (c) design tecnológico e estética digital em ambientes virtuais, (d) o conceito de inteligência coletiva em sistemas interativos, (e) as interfaces da arte/ciência em diálogo com as lógicas dos sistemas computadorizados. Essa área de concentração se divide em três linhas de pesquisa, todas as três interdisciplinares: 1. Aprendizagem e Semiótica Cognitiva 2. Design Digital e Redes 3. Inteligência Coletiva e Ambientes Interativos |
Linhas de Pesquisa |
1. Aprendizagem e Semiótica Cognitiva Pesquisas sobre modelos cognitivos ligados a novas formalizações e sistemas de transmissão de informação/conhecimento ligados à aprendizagem; sobre modelos cognitivos decorrentes da interação entre indivíduos em ambientes virtuais. Pesquisas em intersignos: efeitos da relação entre textos, imagens/cores e som nos ambientes virtuais de aprendizagem. Relações sensório-afetivas no ciberespaço e seu papel na aprendizagem/cognição. Pesquisa e criação de ambientes em hipermídia voltados para a aprendizagem, destacando-se aí as pesquisas sobre formalização de conteúdos, a investigação dos problemas advindos da dinâmica cognitiva nos ambientes digitais. As teorias cognitivas que visam dar sustentação às pesquisas se inserem no espectro das teorias sígnicas do conhecimento, baseadas no postulado de que todo pensamento se dá em signos simbólicos e extra-simbólicos. Para isso, serão confrontados os vários modelos da mente: computacional, representacional, modelar, modular, causal, mecanístico e fisicalista, assim como o confronto entre cognitivismo e conexionismo, cognitivismo e neurociências, funcionalismo e anti-funcionalismo. As grandes questões das ciências cognitivas, tais como representação e seu antônimo, a anti-representação, consciência e mente, corpo e mente serão investigadas na comparação de pontos de vista semióticos com não semióticos. 2. Design Digital e Redes Tecnologias e métodos de computação em rede aplicadas à multimídia. Interfaces adequadas para esses sistemas. Interatividade, escalabilidade e latência em sistemas de computação em rede. Pesquisa e criação de interfaces envolvendo design, estética, ergonomia, usabilidade, interatividade nos ambientes do ciberespaço, com ênfase nas habilidades de leitura que são próprias dos processos de navegação e tráfego nos ambientes virtuais com designs híbridos, explorando a emergência do estético na computação gráfica, realidade virtual, realidade aumentada, instalações interativas, performance interativa, ciberinstalações, web-arte, sistemas interativos na rede com a utilização de avatares e sistemas de multiagentes, webvida ou habitats paralelos ao natural, telepresença e teleimersão. 3. Inteligência Coletiva e Ambientes Interativos Estudo dos fenômenos de inteligência coletiva em redes digitais. Pesquisas em inteligência artificial distribuída, agentes inteligentes, sistemas de multiagentes e sistemas multiagentes abertos, em métodos de representação e processamento de conhecimento, nos sistemas reflexivos e arquiteturas em meta-nível em design digital. Pesquisa e desenvolvimento de aplicativos (apoio estratégico): agentes inteligentes, ferramentas de contextualização de dados (texto e imagem), documentação virtual, personalização de dados. Pesquisa e desenvolvimento de bibliotecas virtuais. Pesquisa sobre integrações inovadoras de ambientes em hipermídia e sistemas de comunidades virtuais. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário