Considerado como um dos mais profundos e originais pensadores norte-americanos, Peirce deixou contribuições em múltiplas áreas do conhecimento: lógica, semiótica, astronomia, geodésia, matemática, teoria e história da ciência, econometria e psicologia. Entre 1884 e o ano de sua morte, em 19 de abril de 1914, Peirce escreveu cerca de 80 mil páginas de manuscritos, vendidos por sua esposa à Universidade de Harvard, e que vem sendo publicados há várias décadas.
A teoria semiótica de Peirce propõe que o conhecimento humano pode ser representado por uma tríade: signo, objeto e interpretante. De acordo com o próprio Peirce, um signo é tudo aquilo que representa algo para alguém. como por exemplo, sinais escritos ou gestuais, desenhos, símbolos, situações ou imagens. Dentro da idéia da tríade, o signo é tudo aquilo que está relacionado com uma segunda coisa e que a representa. Essa segunda coisa que é representada pelo signo é chamada de objeto, a qual pode existir concretamente ou não. O signo dirige-se a alguém, isto é, cria na mente dessa pessoa um signo equivalente ou mais desenvolvido, denominado interpretante, que está relacionado aos construtos teóricos existentes nas mentes de quem pratica as mais variadas formas de conhecimento.
Para Peirce há três tipos de Signos: Ícone, Símbolos e Índice
Ícone é um tipo de signo que mantém com seu referente uma relação de imitação, de cópia ou reprodução. São ícones as fotografias, as imagens, as pinturas figurativas entre outros.
Símbolo é um tipo de signo que substitui seu referente através de uma relação convencional, resultante de um acordo entre o emissor e o receptor. Letras e palavras são exemplos clássicos de símbolos, mas também são símbolos: figuras, objetos ou gestos quando remetem a uma idéia que não tem necessariamente qualquer semelhança com aquilo que simboliza.
Índice é um tipo de signo que mantém com seu referente uma relação de proximidade, de indício e sugestão. Por exemplo, onde há fumaça deve haver fogo.
Se voê pensar num determinado mamífero de grande porte, existe aí uma relação icônica, porque o signo se assemelha ao seu referente, o bicho elefante.
Se pensar numa marca de extrato de tomate, existe então uma relação convencional, portanto simbólica, pois não há semelhança entre o desenho e o produto feito de tomate.
Agora se observarmos a imagem em outro contexto, como numa placa no zoológico, ela passa a funcionar como índice da existência do elefante por perto, pois no zoológico onde há placa deve haver o animal.
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